Skate: Diversão e coisa séria.

Posted: quarta-feira, 26 de maio de 2010 by Tiago Lima in
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A tábua de madeira e rodinhas, mundialmente conhecida como skate, interpretada na ‘voz’ do personagem real.

Por Ju Reis
http://jureis.wordpress.com
@reis_juliana


Cansados de esperarem por ondas perfeitas, surfistas californianos, na década de 60, adaptaram rodinhas de patins a um pedaço de madeira similar a prancha de surf. Foi aí que surgiu o skate.
E para explicar um pouco mais sobre esse esporte, pouco divulgado e muito popular, entrevistei o Tiago Lima, mais conhecido como Travis, um dos colaboradores do blog MentalMix.

Tiago nos conta que sua paixão pelo skate começou logo na infância, quando ganhou um de presente. “Eu ganhei meu primeiro skate quando eu tinha uns quatro anos de idade. Quando criança brincava de andar de skate.”
O tempo foi passando e a pratica do esporte foi deixada de lado, outras descobertas e novas formas de aventura ele conheceu. Mas na adolescência o êxtase de subir em cima do skate prevaleceu e até hoje se faz presente. “Na adolescência voltei no gás, corri alguns campeonatos e hoje em dia ando pelo menos três vezes por semana ‘for fun’, é o meu esporte.” Complementa e não se esquece dos pontos na cabeça e dos cortes pelo corpo. “Graças a Deus nunca fraturei nada, mas já acumulei alguns pontos na cabeça, cortei canela, desloquei dedo, mas... Faz parte”.
Para andar, Tiago executa umas manobras de transição. “Eu gosto de manobras em copping, e uns gaps também. Gosto desses obstáculos porque eu não sou muito técnico e usando a imaginação a gente desenvolve várias manobras. Às vezes uma manobra simples você dá uma mudada de base a manobra se adapta ao seu estilo, acho bem legal porque me sinto mais livre mesmo.”


- Skate X Marginalidade
Quem nunca foi julgado pelo modo de andar e /ou se vestir, que tire a primeira pedra. Os skatistas sofrem constantemente injúrias perante a sociedade, pelo modo alternativo de ser.
Não obstante, a sociedade não reconhece que este esporte é um dos mais populares e conceituados do mundo e a divulgação é feita somente na época dos X Games, ‘olimpíadas’ dos esportes radicais. Os praticantes são taxados de estranhos e marginais. Tiago enfatiza que quem possui este pensamento está desatualizado, pelo fato em que o skate é um dos esportes mais caros do mundo e que a prática pode tornar a sociedade um pouco melhor, dando uma oportunidade às crianças para tirá-las das ruas. “Eu acho que quem faz essa ligação precisa se atualizar. Estamos em 2010, o skate é um dos esportes mais populares em países de primeiro mundo e um dos mais caros. Quem liga skate a marginalidade/bandidagem precisa se reciclar, Skate é esporte, esporte é vida, eu ando de skate e sempre tive orgulho disso, se neguinho olha torto eu olho reto e sigo a caminhada, pra tirar a minha paz é preciso muito mais que isso. Acho uma boa maneira de combater a marginalidade e tirar essa molecada avulsa da rua.”

- Esporte e Música
A relação com o skate e a música só foi crescendo durante os anos e até hoje caminham de mãos dadas. A paixão pela bateria falou mais alto e Tiago se dedicou alguns anos às aulas. “Na minha adolescência dividi bastante meu tempo entre, estudos, skate, e as bandas que eu tocava. Estudei bateria durante alguns anos na Blue Note em São José dos Campos e com certeza, essa relação entre skate e música sempre existiu, sou muito ‘overall’.”

Depois de muito de deslocar pelo Brasil, Tiago, atualmente reside em Fortaleza e estuda administração de empresas. Para o futuro, ele planeja se dedicar mais a pratica do esporte e quem sabe não unir a profissão ao hobbie. “Eu pretendo sim envolver esporte com minha futura profissão e quem sabe uma nova marca pode surgir aí pra frente até uma nova skate shop.”
Quanto à música, Tiago tem planos de entrar em estúdio com a antiga banda e toca quinzenalmente com o pessoal de sua igreja. “Venho tocando de 15 em 15 dias com o pessoal da Betesda e estou indo pra São Paulo em julho, tem a possibilidade de entrar num estúdio com a Nosewilly pra registrar um ‘remember’ e uma participação num som da Rude Roots um projeto do Adam e uma galera de São José.”

3 comentários:

  1. Unknown says:

    Interessante a matéria e mais ainda o fato de vc carregar algo q hj em dia é mto bom de se ter.. a diversidade de gostos e o prazer q a cultura [seja ela ligada ao q for] nos traz..
    música e skate entaum... tudo a ver!!
    qto ao preconceito... realmente ainda existe.. mas acredito q partir do momento em q essa modalidade atingir maior divulgação pq a princípio ainda é pouco divulgada no Brasil... [ainda] ou talvez naum recebe o devido valor.. com o tempo pode vir a se tornar um dos esportes mais praticados!!
    Afinal desde q me conheço por gente skate sempre fez parte da vida de mtos amigos meus.. e eu particularmente adoro ver as manobras apesar de naum saber nomeá-las..
    Tiago..
    continue nessa caminhada.. sempre fazendo aquilo q te faz bem e q faz parte de ti!!!..
    Tiago é skate... música.. é cultura!!! =P
    ps: ah... colocou a foto de pequeno... massa!!!
    beijoo!

  1. Anônimo says:

    mandou bem na entrevista! mandou bem Thi
    A reportagem esta otima tbm

    beijos

  1. Massa a trajetoria do Tiago e me identifico.
    O conheci na faculdade e também não sou do estado, andei de eskate(mas eskate na veia,quem tem, sabe como é que é...)e ainda pretendo voltar. Tenho música na veia, meu instrumento é de corda, breve iremos por em prática projetos musicais. Por hora estamos com o projeto Mental Mix em primeiro plano, tamo junto Tiago, esse é o primeiro de muitos projetos que iremos desenvolver juntos,

    Abraço e até um street abençoado!!